Comentários sobre o filme: “Doze homens e uma sentença”.
Filmar teatro, ou seja, adaptar teatro para cinema, não é tarefa fácil. No entanto, em 1957, um jovem cineasta, Sidney Lumet, filmando em preto e branco, consegue.
Uma boa história, um elenco de grandes interpretações e uma fotografia de primeira, fez deste filme um clássico.
Num único cenário, uma sala abafada, claustrofóbica, doze homens têm de decidir a vida de um jovem porto-riquenho acusado de ter matado o próprio pai.
Inicialmente onze jurados votam pela condenação do acusado; todos querem terminar logo com aquilo e irem para suas vidas. No entanto o oitavo jurado, interpretado pelo magnífico Henry Fonda, quer discutir um pouco mais antes de tomar uma decisão. Esse simples questionamento acaba revelando as características de cada um dos presentes naquela sala: suas histórias de vida, atividades, motivações e os próprios preconceitos.
É nesse ponto que Doze Homens e uma Sentença se revela um grande filme: não importa o veredicto, mas sim as convicções de cada um. O inconsciente coletivo pede vingança de um homem que matou o próprio pai. O oitavo jurado pede algo mais, pede reflexão. Como decretar a morte de quem quer que seja se não há certeza?
É um estudo magistral do comportamento de um grupo e acaba questionando a verdade, a ética, os preconceitos e os fatores que envolvem o processo decisório (a esse respeito, tem sido usado em palestras motivacionais de grandes empresas sobre a tomada de decisão).
Mais que um filme “de Tribunal” sobre uma vida, acaba sendo um filme sobre a Vida.
Nei Guimarães Machado
Oficina de Cinema – CETRES
Maio de 2006.
Filmar teatro, ou seja, adaptar teatro para cinema, não é tarefa fácil. No entanto, em 1957, um jovem cineasta, Sidney Lumet, filmando em preto e branco, consegue.
Uma boa história, um elenco de grandes interpretações e uma fotografia de primeira, fez deste filme um clássico.
Num único cenário, uma sala abafada, claustrofóbica, doze homens têm de decidir a vida de um jovem porto-riquenho acusado de ter matado o próprio pai.
Inicialmente onze jurados votam pela condenação do acusado; todos querem terminar logo com aquilo e irem para suas vidas. No entanto o oitavo jurado, interpretado pelo magnífico Henry Fonda, quer discutir um pouco mais antes de tomar uma decisão. Esse simples questionamento acaba revelando as características de cada um dos presentes naquela sala: suas histórias de vida, atividades, motivações e os próprios preconceitos.
É nesse ponto que Doze Homens e uma Sentença se revela um grande filme: não importa o veredicto, mas sim as convicções de cada um. O inconsciente coletivo pede vingança de um homem que matou o próprio pai. O oitavo jurado pede algo mais, pede reflexão. Como decretar a morte de quem quer que seja se não há certeza?
É um estudo magistral do comportamento de um grupo e acaba questionando a verdade, a ética, os preconceitos e os fatores que envolvem o processo decisório (a esse respeito, tem sido usado em palestras motivacionais de grandes empresas sobre a tomada de decisão).
Mais que um filme “de Tribunal” sobre uma vida, acaba sendo um filme sobre a Vida.
Nei Guimarães Machado
Oficina de Cinema – CETRES
Maio de 2006.
0 Comments:
Post a Comment
<< Home