FELICIDADE
Uma amiga, por e-mail, pede que escreva sobre felicidade. Quando o título já vem pronto um recurso é recorrer ao “Aurélio”. Lá encontramos: “Qualidade ou estado de feliz: ventura, contentamento”.
Então é isso, ventura, contentamento? E como se chega a tão sonhada felicidade? Voltemos no tempo.
O processo começa na infância. É nessa fase, garante a Psicanálise, que formamos a opinião e o sentimento que temos por nós mesmos. Partindo dessas experiências primeiras, seremos capazes de respeitar, confiar e gostar de nós mesmos.
Então felicidade tem a ver com auto-estima? Certamente. Mas auto-estima centrada no indivíduo e não condicionada ou dependente de fatores externos. Muitas pessoas pensam que para ser felizes têm de TER, sem se darem conta que antes terão de SER. O ser vem antes do ter; primeiro o indivíduo é, para depois possuir. A realidade freqüentemente nos mostra isto, seja através de indivíduos que têm tudo, mas não se sentem felizes, seja através de despossuídos que irradiam amor e felicidade a qualquer momento.
Na Índia, os mestres dizem que a estrada mais longa que existe é a que vai do cérebro ao coração. Somente a sabedoria pode fazer as pessoas descerem do pedestal de super-homem para ser gente de verdade. Quando consegue se sentir “gente de verdade” o indivíduo está feliz. Como isto é difícil, tendemos a associar felicidade com objetos externos a nós. Nada contra uma boa casa, um bom carro, uma boa comida, um bom champanhe, etc., mas tudo isto, e otras cositas más, são complementos que podem, se bem usufruídos num momento de felicidade, aumentar nosso bem estar.
Pode-se desenvolver o sentimento de felicidade? Se o associarmos à auto-estima diremos sim. E como se faz isto?
· Invista no auto-conhecimento. Investigue-se, dedique mais tempo a você, suas necessidades, suas escolhas. Não tenha pressa.
· Seja carinhoso com seu próprio corpo. Mantenha a boa forma física, faça atividades prazerosas.
· Selecione as pessoas que terão o privilégio de conviver com você, de fazer parte da sua vida. Existem aquelas que, definitivamente, não valem à pena.
· Não culpe ninguém pelos erros que você comete e não encare as críticas como ataques pessoais. Relativize.
· Não tente agradar a todos. Aprenda a dizer não, pois em muitas situações essa expressão não só é inevitável como a mais adequada.
· Acostume-se com sua imagem no espelho e aprenda a gostar dela. Lembre-se que defeitos, todos têm.
· Ouça a sua intuição. Confie em você. No seu próprio valor, nas suas qualidades, ainda que os outros não reconheçam ou não concordem com você.
· Busque prazer no trabalho, afinal é onde gastamos a maior parte do nosso tempo. Portanto, além do dinheiro, ele deve ser uma fonte de satisfação.
· Como está sua casa? Reflete harmonia, equilíbrio e bem-estar? Uma casa desorganizada tende a destruir sua auto-estima.
· Acredite que você é uma pessoa especial, que merece ser amada. E a primeira pessoa a fazer isso é você mesmo.
E cabe dizer à querida amiga que provocou esta crônica: “... a felicidade não está em viver, mas em saber viver...”.
Dr. Nei Guimarães Machado
Médico Psiquiatra
Publicado no Diário Popular de 13/12/2005.
Uma amiga, por e-mail, pede que escreva sobre felicidade. Quando o título já vem pronto um recurso é recorrer ao “Aurélio”. Lá encontramos: “Qualidade ou estado de feliz: ventura, contentamento”.
Então é isso, ventura, contentamento? E como se chega a tão sonhada felicidade? Voltemos no tempo.
O processo começa na infância. É nessa fase, garante a Psicanálise, que formamos a opinião e o sentimento que temos por nós mesmos. Partindo dessas experiências primeiras, seremos capazes de respeitar, confiar e gostar de nós mesmos.
Então felicidade tem a ver com auto-estima? Certamente. Mas auto-estima centrada no indivíduo e não condicionada ou dependente de fatores externos. Muitas pessoas pensam que para ser felizes têm de TER, sem se darem conta que antes terão de SER. O ser vem antes do ter; primeiro o indivíduo é, para depois possuir. A realidade freqüentemente nos mostra isto, seja através de indivíduos que têm tudo, mas não se sentem felizes, seja através de despossuídos que irradiam amor e felicidade a qualquer momento.
Na Índia, os mestres dizem que a estrada mais longa que existe é a que vai do cérebro ao coração. Somente a sabedoria pode fazer as pessoas descerem do pedestal de super-homem para ser gente de verdade. Quando consegue se sentir “gente de verdade” o indivíduo está feliz. Como isto é difícil, tendemos a associar felicidade com objetos externos a nós. Nada contra uma boa casa, um bom carro, uma boa comida, um bom champanhe, etc., mas tudo isto, e otras cositas más, são complementos que podem, se bem usufruídos num momento de felicidade, aumentar nosso bem estar.
Pode-se desenvolver o sentimento de felicidade? Se o associarmos à auto-estima diremos sim. E como se faz isto?
· Invista no auto-conhecimento. Investigue-se, dedique mais tempo a você, suas necessidades, suas escolhas. Não tenha pressa.
· Seja carinhoso com seu próprio corpo. Mantenha a boa forma física, faça atividades prazerosas.
· Selecione as pessoas que terão o privilégio de conviver com você, de fazer parte da sua vida. Existem aquelas que, definitivamente, não valem à pena.
· Não culpe ninguém pelos erros que você comete e não encare as críticas como ataques pessoais. Relativize.
· Não tente agradar a todos. Aprenda a dizer não, pois em muitas situações essa expressão não só é inevitável como a mais adequada.
· Acostume-se com sua imagem no espelho e aprenda a gostar dela. Lembre-se que defeitos, todos têm.
· Ouça a sua intuição. Confie em você. No seu próprio valor, nas suas qualidades, ainda que os outros não reconheçam ou não concordem com você.
· Busque prazer no trabalho, afinal é onde gastamos a maior parte do nosso tempo. Portanto, além do dinheiro, ele deve ser uma fonte de satisfação.
· Como está sua casa? Reflete harmonia, equilíbrio e bem-estar? Uma casa desorganizada tende a destruir sua auto-estima.
· Acredite que você é uma pessoa especial, que merece ser amada. E a primeira pessoa a fazer isso é você mesmo.
E cabe dizer à querida amiga que provocou esta crônica: “... a felicidade não está em viver, mas em saber viver...”.
Dr. Nei Guimarães Machado
Médico Psiquiatra
Publicado no Diário Popular de 13/12/2005.
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