ADOLESCER NO MUNDO ATUAL
Dr. Nei Guimarães Machado*
Os fatores intrínsecos relacionados com a personalidade do adolescente são os que determinam, na realidade, os diferentes modos de conduta que os indivíduos dessa etapa da vida apresentam.
O adolescente, naturalmente, atravessa por desequilíbrios e instabilidade extremas, o que é visto, freqüentemente, como muito perturbador para o mundo dos adultos.
Mas ser instável, e aparentemente desequilibrado, é absolutamente necessário para que o adolescente vá consolidando sua identidade, que é o objetivo fundamental deste momento vital.
Como produto de uma evolução, o Ser Humano é, fora de dúvidas, um organismo biológico em perpétua interação com o mundo que o rodeia. Ora, o adolescente, como ser humano que é, não poderia fugir dessa situação, o que o leva a buscar adaptações principalmente com os seus semelhantes.
O que temos nós, os adultos, a oferecer aos nossos adolescentes? Vivemos em um momento histórico onde a violência e o sexo nos assedia, constantemente, através dos meios de comunicação de massa, se tornando coisas banais; onde a família se desagrega e as crianças sofrem; onde a diferença entre ricos e pobres se faz cada vez mais marcante e insuportável; onde os preconceitos raciais e religiosos se tornam motivos para expressar ódios intensos; onde a corrupção e a impunidade se tornam “valores” inquestionáveis.
O que constatamos, então? Um adolescente em conflito, em luta, em posição marginal frente a um mundo que o coarcta e reprime. Como resultado deste processo de marginalizar-se, vemos o adolescente buscar nas drogas e na violência das gangues um meio de expressar toda a insatisfação e incerteza em que vive, pois o mundo atual não lhe oferece modelos para chegar a uma adultez criativa.
Pensemos nisso com muita atenção, nós, os pais e professores dos adolescentes de Pelotas!
*Professor Adjunto de Psiquiatria e Sistema Teórico Psicanalítico na UCPEL (Escola de Medicina e Escola de Psicologia).
Diretor Científico e Professor no “Curso de Especialização em Psicoterapia Breve-Focal” do Instituto Sándor Ferenczi.
Publicado no Diário Popular
Dr. Nei Guimarães Machado*
Os fatores intrínsecos relacionados com a personalidade do adolescente são os que determinam, na realidade, os diferentes modos de conduta que os indivíduos dessa etapa da vida apresentam.
O adolescente, naturalmente, atravessa por desequilíbrios e instabilidade extremas, o que é visto, freqüentemente, como muito perturbador para o mundo dos adultos.
Mas ser instável, e aparentemente desequilibrado, é absolutamente necessário para que o adolescente vá consolidando sua identidade, que é o objetivo fundamental deste momento vital.
Como produto de uma evolução, o Ser Humano é, fora de dúvidas, um organismo biológico em perpétua interação com o mundo que o rodeia. Ora, o adolescente, como ser humano que é, não poderia fugir dessa situação, o que o leva a buscar adaptações principalmente com os seus semelhantes.
O que temos nós, os adultos, a oferecer aos nossos adolescentes? Vivemos em um momento histórico onde a violência e o sexo nos assedia, constantemente, através dos meios de comunicação de massa, se tornando coisas banais; onde a família se desagrega e as crianças sofrem; onde a diferença entre ricos e pobres se faz cada vez mais marcante e insuportável; onde os preconceitos raciais e religiosos se tornam motivos para expressar ódios intensos; onde a corrupção e a impunidade se tornam “valores” inquestionáveis.
O que constatamos, então? Um adolescente em conflito, em luta, em posição marginal frente a um mundo que o coarcta e reprime. Como resultado deste processo de marginalizar-se, vemos o adolescente buscar nas drogas e na violência das gangues um meio de expressar toda a insatisfação e incerteza em que vive, pois o mundo atual não lhe oferece modelos para chegar a uma adultez criativa.
Pensemos nisso com muita atenção, nós, os pais e professores dos adolescentes de Pelotas!
*Professor Adjunto de Psiquiatria e Sistema Teórico Psicanalítico na UCPEL (Escola de Medicina e Escola de Psicologia).
Diretor Científico e Professor no “Curso de Especialização em Psicoterapia Breve-Focal” do Instituto Sándor Ferenczi.
Publicado no Diário Popular
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